O Governo Declara Guerra aos Trabalhadores
Analisamos o programa do Governo à luz da defesa dos direitos dos trabalhadores, em linha com a visão da CGTP-IN.

No Voz Ativa, nunca nos escondemos. A nossa voz é a voz dos que lutam por um país mais justo, e por isso partilhamos e amplificamos a análise certeira que a CGTP-IN faz ao programa do atual Governo PSD/CDS.
Não se trata de uma simples divergência política; o que está em cima da mesa, como a Central Sindical corretamente aponta, é uma autêntica "declaração de guerra aos trabalhadores", uma agenda desenhada para servir o capital e esmagar quem produz a riqueza do país.
A Cortina de Fumo das Falsas Promessas
O Governo apresenta-se com uma retórica de modernidade e progresso.
Falam em "melhorar os salários", mas, como a CGTP-IN desmascara, o que pretendem é travar o seu crescimento real. Prometem "fixar os jovens", mas o que oferecem é o alargar da precariedade que os expulsa. Falam em "conciliação", mas o que preparam é a "lei da selva" nos horários e a subversão do direito a férias.
Não nos deixemos enganar. A proposta de pagar subsídios em duodécimos não é um aumento, é uma ilusão contabilística para condicionar aumentos reais. A "compra" de dias de férias não é flexibilidade, é um ataque direto a um direito fundamental, conquistado com décadas de luta.
É uma estratégia de retrocesso, disfarçada com palavras bonitas, que visa apenas um objetivo: aumentar a exploração.
As Exigências Claras de Quem Trabalha
Do outro lado desta barricada, estão as propostas claras, justas e necessárias que a
CGTP-IN coloca em cima da mesa, e que o Voz Ativa subscreve na íntegra.
Não são utopias, são exigências de dignidade:
- Aumento de 15% (mín. 150€)
- SMN a 1000€
- 35 horas semanais
- Fim da precariedade
- Revogação da caducidade
- 25 dias de férias
Esta é a verdadeira agenda para o progresso do país. Uma agenda que valoriza o trabalho, distribui a riqueza e fortalece os serviços públicos.
A Luta é o Único Caminho: A Greve como Alvo Final

Não sejamos ingénuos. O Governo sabe perfeitamente que a sua agenda de retrocesso social não passará sem uma forte contestação. E é por isso que, de forma calculista, prepara o ataque à mais fundamental das ferramentas dos trabalhadores: o direito à greve.
O objetivo é claro: fragilizar a resistência, quebrar a espinha à luta organizada, silenciar a voz dos que se opõem. Querem desarmar os trabalhadores para que as imposições dos patrões possam avançar sem obstáculos. Limitar a greve é a forma que encontram para tentar forçar o aumento da exploração e calar a luta por salários, por direitos e por condições de trabalho dignas.
Junta a tua voz à nossa!
Aqui, no Voz Ativa, juntamos a nossa voz à da CGTP-IN. Não aceitamos este retrocesso.
A receita de desvalorizar salários e reduzir direitos já foi testada e falhou, deixando um rasto de empobrecimento e desigualdade.
O caminho que se impõe é o da luta firme, unida e determinada.
É preciso dar combate a esta política. É necessário lutar, e, como a história nos ensina, é possível vencer.